Nós e essa
nossa tendência de simplificar tudo,
de continuar acreditando que
uma coisa pode realmente ser inteiramente boa ou ruim.
Esquecemos
que os dois opostos são sempre bons e que cada coisa neste mundo é
complexa e ambígua.
Que as
coisas realmente precisam ser construídas e demolidas.
Mesmo
assim, nos iludimos toda vez achando que já fizemos o nosso
trabalho.
Nos
cansamos facilmente da eterna necessidade de repetir o ciclo não uma, mas duas, três, infinitas vezes.
Esquecemos que qualquer imposição é unilateral.
E sendo assim, que não
podemos julgar a companhia melhor que a solidão, mas apenas entender
que são complementares.
Bom
seria se fosse fácil aceitar que as coisas devem se desfazer tão naturalmente, indo ao nada, assim como vieram do nada.
Aceitar que são tão necessárias
a união e a separação.
E que isto não é desculpa para desistir.
E que isto não é desculpa para desistir.
...Parece uma perda de tempo e esforço.
Melhor seria ter consciência disto o tempo todo,
e
conseguir viver cada momento ao mesmo tempo como um primeiro encontro e com toda uma história.
Assim, nesta complexidade de opostos, que se chamaria o equilíbrio.
Somos tão perdidos, nós coitados, seres humanos.
Tão facilmente iludidos e cambaleantes...
Ter equilíbrio exige muito mais controle, prática e determinação do que é necessário para construir as coisas em si.
Para César, um perdido.
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