27 novembro 2011

Filosofando em Antropologia


"(...) [O consumo] ele próprio parte integrante da necessidade social de relacionar-se com outras pessoas, e de ter materiais mediadores para essas relações.
(...)
Para continuar a pensar racionalmente, o indivíduo precisa de um universo inteligível, e essa inteligibilidade precisa de algumas marcas visíveis.
(...) a função essencial do consumo é sua capacidade de dar sentido.

(...)
Viver sem rituais é viver sem significados claros, e possivelmente, sem memória.

(...)
Os bens são, portanto, a parte visível da cultura. (...)
O consumo usa os bens para tornar firme e visível um conjunto particular de julgamentos nos processos fluidos de classificar pessoas e eventos. E agora o definimos como uma atividade ritual."

(Mary Douglas e Baron Isherwood, trechos de "O Mundo dos bens",  1ª ed. 2 reimpr. Rio de Janeiro: Editora Ufrj, 2009, tradução Plínio Dentzien)

Nós não consumimos coisas, nós consumimos símbolos.
Temos que ter consciência desta lógica...
O conhecimento das estruturas sociais em que vivemos é também auto-conhecimento.
Logo, crescimento.

E este livro é ótimo! "O mundo dos bens".
Antropologia nos faz evoluir, não é sempre que ela é tão chata assim!
Quem puder, leia.
Aliás, os livros da Mary Douglas são ótimos :)

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